sexta-feira, 7 de novembro de 2014
quarta-feira, 3 de setembro de 2014
Os desafios da saúde pública no Brasil
Tornou-se lugar comum dizer que o
Brasil têm inúmeros problemas e que há enormes dificuldades em serem
solucionados, seja devido ao descaso do governo, aos problemas com a corrupção
ou ao pouco tempo para colocar em prática políticas públicas que precisam ser
implantadas em longo prazo.
A melhoria da saúde pública é um
desses grandes desafios que o Brasil precisa vencer, principalmente quando
avaliamos o Sistema Único de Saúde (SUS). Além disso, não podemos negar que a
recente polêmica em torno da vinda de médicos estrangeiros para o país
reacendeu a discussão.
Historicamente, a Constituição
Federal de 1988 instituiu o SUS, que tem sua origem no movimento conhecido como
Revolução Sanitária, nascido nos meios acadêmicos na década de 1970. A
implantação do Sistema foi de grande valia no setor da saúde do brasileiro,
porém, hoje, sabe-se que esse Sistema não funciona essencialmente conforme seus
princípios: saúde como direito de todos, pregando pela Universalidade, Equidade
e Integralidade da atenção à saúde da população brasileira.
Para garantir saúde pública de
qualidade a toda população, o Brasil ainda precisa percorrer um longo caminho.
A falta de médicos em regiões afastadas em contraponto à intensa concentração
nas grandes cidades, a ausência de estrutura nos hospitais da rede pública,
além da dificuldade em conseguir atendimento no SUS são apenas alguns dos
inúmeros problemas que atingem os brasileiros que tentam utilizar a saúde
pública diariamente.
Para entendermos a dimensão do SUS,
de acordo com o Ministério da Saúde, o Sistema Único de Saúde é considerado o
maior sistema público de transplantes de órgão do mundo, e, em 2013, respondeu
por 98% do mercado de vacinas e por 97% dos procedimentos de quimioterapia,
tendo atendido entre 2010 e 2012 mais de 32,8 milhões de procedimentos
oncológicos.
No entanto, o primeiro desafio do SUS
esbarra no suporte dos postos e centros de saúde, além das unidades do Programa
Saúde da Família, já que, se estes serviços funcionassem plenamente, seriam
capazes de atender e resolver 80% dos problemas de saúde da população,
desafogando assim os hospitais e clínicas especializadas, que poderiam dar mais
atenção aos casos de maior complexidade. Além disso, muitas vezes, as doenças
dos pacientes encaminhados aos hospitais poderiam ser evitadas, com ações mais
efetivas na área da prevenção ou se tratadas em estágio inicial.
Infelizmente, o Brasil ainda tem
muito que aprender e melhorar. Enquanto bilhões de reais foram aplicados em
arenas esportivas, milhares de pessoas esperam nas filas em postos de saúde e
hospitais públicos, além da falta de leitos e carência de médicos. Não basta
apenas ampliar os investimentos em saúde pública, é preciso reverter a má
distribuição dos recursos e melhorar a infraestrutura nas regiões mais
desassistidas.
terça-feira, 26 de agosto de 2014
Primeiras Estórias
O livro Primeiras estórias faz parte do terceiro tempo do Modernismo brasileiro e foi publicado em 1962. As 21 estórias, portanto, são narrativas preocupadas em tematizar, simbolicamente, os segredos da existência humana.
Trata-se do primeiro conjunto de histórias compactas a seguir a linha do conto tradicional, daí o "Primeiras" do título. O escritos acrescenta, logo após, o termo estória, tomando-o emprestado do inglês, em oposição ao termo História, designando algo mais próximo da invenção, ficção. Na obra há a intenção de apresentar fábulas para as crianças do futuro.
À primeira vista, a leitura de Primeiras Estórias pode, falsamente, parecer difícil e a linguagem soar erudita e ininteligível, mas essa é uma avaliação precipitada. Na verdade, o autor busca recuperar na escrita, a fala das personagens do sertão mineiro; a poesia presente nas imagens, sons e estruturas de uma linguagem que está à margem da norma estabelecida pelos padrões urbanos.
Quanto ao emprego dos tempos verbais, nota-se que, na maior parte das estórias, o relato se faz através de uma mistura do pretérito perfeito com o pretérito o imperfeito do indicativo.
A obra aborda as diferentes faces do gênero: a psicológica, a fantástica, a autobiográfica, a anedótica, a satírica, vazadas em diferentes tons: o cômico, o trágico, o patético, o lírico, o sarcástico, o erudito, o popular.
As personagens embora variem muito quanto à faixa etária e experiência de vida, elas se ligam por um aspecto comum: suas reações psicossociais extrapolam o limite da normalidade. São crianças e adolescentes superdotados, santos, bandidos, gurus sertanejos, vampiros e, principalmente, loucos: sete estórias apresentam personagens com este traço.
A relação com a morte e com o desejo de imortalidade está presente em toda a obra de Guimarães Rosa, mas talvez com mais intensidade em "Primeiras Estórias".
Em cada um dos contos deste livro o narrador configura sua experiência de forma diferente, atravessando estágios emocionais distintos, conforme o ponto do percurso em que se encontra. Tanto em As Margens da Alegria, quanto em Os Cimos, contos extremos do livro, ele se identifica profundamente com o protagonista, como se ele espelhasse sua própria trajetória, sua infância, como se assim universalizasse, de certa forma, essa travessia. Ou seja, ele tenta perceber o que há de comum na infância de cada menino, nessas delicadas passagens, em seus estados de alma, nos dolorosos conflitos, nas fascinantes descobertas.
Os personagens de Rosa parecem caminhar pelas veredas da memória, vagar pelos labirintos de sua psique, ser guiados pelos fios das experiências por eles vividas e não completamente elaboradas no plano da consciência. Eles são movidos pela necessidade de transmitir suas vivências, para melhor compreendê-las e ordená-las em sua mente consciente. Diante do tempo transcorrido, os protagonistas rosianos mantêm uma constante atitude interrogativa.
Trata-se do primeiro conjunto de histórias compactas a seguir a linha do conto tradicional, daí o "Primeiras" do título. O escritos acrescenta, logo após, o termo estória, tomando-o emprestado do inglês, em oposição ao termo História, designando algo mais próximo da invenção, ficção. Na obra há a intenção de apresentar fábulas para as crianças do futuro.
À primeira vista, a leitura de Primeiras Estórias pode, falsamente, parecer difícil e a linguagem soar erudita e ininteligível, mas essa é uma avaliação precipitada. Na verdade, o autor busca recuperar na escrita, a fala das personagens do sertão mineiro; a poesia presente nas imagens, sons e estruturas de uma linguagem que está à margem da norma estabelecida pelos padrões urbanos.
Quanto ao emprego dos tempos verbais, nota-se que, na maior parte das estórias, o relato se faz através de uma mistura do pretérito perfeito com o pretérito o imperfeito do indicativo.
A obra aborda as diferentes faces do gênero: a psicológica, a fantástica, a autobiográfica, a anedótica, a satírica, vazadas em diferentes tons: o cômico, o trágico, o patético, o lírico, o sarcástico, o erudito, o popular.
As personagens embora variem muito quanto à faixa etária e experiência de vida, elas se ligam por um aspecto comum: suas reações psicossociais extrapolam o limite da normalidade. São crianças e adolescentes superdotados, santos, bandidos, gurus sertanejos, vampiros e, principalmente, loucos: sete estórias apresentam personagens com este traço.
A relação com a morte e com o desejo de imortalidade está presente em toda a obra de Guimarães Rosa, mas talvez com mais intensidade em "Primeiras Estórias".
Em cada um dos contos deste livro o narrador configura sua experiência de forma diferente, atravessando estágios emocionais distintos, conforme o ponto do percurso em que se encontra. Tanto em As Margens da Alegria, quanto em Os Cimos, contos extremos do livro, ele se identifica profundamente com o protagonista, como se ele espelhasse sua própria trajetória, sua infância, como se assim universalizasse, de certa forma, essa travessia. Ou seja, ele tenta perceber o que há de comum na infância de cada menino, nessas delicadas passagens, em seus estados de alma, nos dolorosos conflitos, nas fascinantes descobertas.
Os personagens de Rosa parecem caminhar pelas veredas da memória, vagar pelos labirintos de sua psique, ser guiados pelos fios das experiências por eles vividas e não completamente elaboradas no plano da consciência. Eles são movidos pela necessidade de transmitir suas vivências, para melhor compreendê-las e ordená-las em sua mente consciente. Diante do tempo transcorrido, os protagonistas rosianos mantêm uma constante atitude interrogativa.
quarta-feira, 20 de agosto de 2014
Dica de Leitura: Farsa Da Boa Preguiça
Farsa da Boa Preguiça - Ariano Suassuna
Escrita em 1960, pelo romancista e dramaturgo paraibano Ariano Suassuna (1927), a obra “Farsa da Boa Preguiça” é permeada de valores e personagens da cultura popular, considerada uma referência exemplar do folclore nordestino, com tipos sempre um tanto exagerados e altamente representativos, a peça é composta de três atos.
A história narra às peripécias do poeta de cordel Joaquim Simão, personagem pobre, “preguiçoso”, que só pensa em dormir. Envolvido matrimonialmente com Nevinha, uma mulher religiosa e dedicada à família, o casal apesar das dificuldades é exemplo de fidelidade. Já o casal mais rico da cidade, os vizinhos Aderaldo Catacão e Clarabela, possuem um relacionamento aberto e duvidoso. Aderaldo é apaixonado por Nevinha, e Clarabela quer conquistar Joaquim Simão.
Durante a trama, Três demônios fazem de tudo para que o pobre casal se renda à tentação e caia no pecado, enquanto dois santos tentam intervir. A partir daí, nascem situações inusitadas, fazendo deste enredo, uma das peças brasileiras mais divertidas.
Personagens: Joaquim Simão: Um tipo 'amarelo' nordestino, cujas proezas são versos, preguiça e mulher, vivem contentes sem a sede e a doença da ambição;
Nevinha: A mulher do poeta, ama o marido. não faz cursos nem conferências, faz de tudo para livrar-se da perseguição de Aderaldo, não se mete em discussões, ajeita a casa e reza suas orações;
Aderaldo Catação : O rico avarento, cada dia cria mais raiva de Simão, só e unicamente porque ele é poeta, e sendo pobre, vive contente, sobra maldade nos atos e pensamentos, come fogo e bebe vento;
Clarabela Catação : A mulher do ricaço, uma falsa intelectual, que fala difícil, uma perua que discute problemas de 'arte conteudística'., entrega-se á avareza, á luxúria e a libertinagem;
Andreza: A cancachora, uma mulher fuxiqueira;
Fedegoso: Um sujeito repugnante, sem compostura e sem dignidade; contratado de Dna. Clarabela;
Capirotos (2): Disfarçados de mendigos; Jesus Cristo: O caminho, a verdade e a vida. Uma luz que nunca se apaga
segunda-feira, 18 de agosto de 2014
Tema de Redação
Onda de justiceiros no Brasil: quando a vítima se torna violenta:
A onda de justiça com as próprias mãos está crescendo no País. Além do Rio de Janeiro, a polícia já registrou neste ano casos de criminosos espancados ou humilhados pelos cidadãos em Santa Catarina, Mato Grosso do Sul e Goiás. Em um desses episódios violentos, um adolescente de 16 anos que tentou roubar uma moto na cidade foi amarrado a grade e levou pontapé de um operário de obra.
Será que agir "por instinto" não pode comprometer ainda mais a segurança das pessoas? Humilhar e amarrar ao poste os bandidos não pode estimular o ódio e a vingança deles? A reação das vítimas não aumenta o risco de um desfecho trágico para todos os envolvidos?
Para o sociólogo da UnB Antônio Flávio Testa, a situação pode piorar. "O Estado está muito debilitado. A tendência é esse tipo de manifestação [de justiceiros] aumentar, devido à insatisfação da sociedade, pela legislação ser muito leniente com determinados tipos de criminosos", disse o especialista
quinta-feira, 14 de agosto de 2014
Cores e mais cores!
Como usar as cores para estudar para o Enem: 1. Material necessário
Para aplicar a técnica do arco-íris são necessárias pelo menos quatro canetas de cores diferentes. Você também deve optar por folhas de papel sulfite para fazer suas anotações já que não possuem linhas e facilitam a visualização do conteúdo.Como usar as cores para estudar para o Enem: 2. Escolha das cores
Para qualquer matéria, escolha quatro cores para suas anotações e uma mais chamativa. Essa cor será usada para o tema estudado e deve estar sempre centralizada na página e destacada com marca texto. “Desta forma, sempre que você visualizar o tema (centralizado na página) sua mente gravará a cor e fixará a ideia contida nele”, a professora acrescenta.Como usar as cores para estudar para o Enem: 3. Mapas mentais ou organogramas
Seu estudo deverá ser anotado em quatro etapas formando mapas mentais ou organogramas. As cores são separadas de acordo com esses itens/etapas: itens de fundamental importância (use, por exemplo, vermelho), itens relevantes, mas secundários (escolha outra cor, como o verde), itens extras, ou seja, comentários realizados pelo professor, dicas, leituras (você pode usar o azul) e tópicos de reflexão ligados ao tema, esses “devem ficar isolados por um quadrado e com uma cor de destaca, por exemplo, lilás”, diz Eliane.Como usar as cores para estudar para o Enem: 4. Revisão
A professora explica que essas fichas de organogramas servirão para que os estudantes revisem os conteúdos no fim do ano para se preparem para os vestibulares. “O mês de outubro é um mês de revisão. Ao longo do ano ele (o aluno) monta fichas coloridas. Quando chegar na hora da revisão já sabe o que é importante”. As cores irão formar uma imagem mental que irá auxiliar você na aprendizagem dos conteúdos e na sua organização mental.
Eliane esclarece que isso ocorre porque, como ela, a maioria das pessoas possui inteligência visual. A técnica foi desenvolvida quando a professora estudava em cursinho preparatório para o vestibular. "Vi que as fichas me ajudavam porque não tinha tempo para estudar, por também trabalhar. Muita gente fazia textos, eu fazia desenhos." Ela explica que a metodologia também pode ser usada com matérias exatas, sto é, química, física e matemática. Nesses casos os alunos devem deixar dois exercícios prontos como modelo, um fácil e outro mais difícil, e preencher o organograma com a teoria da matéria em questão.
quarta-feira, 13 de agosto de 2014
Para uma boa redação, um bom RASCUNHO!
Quando você escreve uma redação, geralmente ela fica cheia de rabiscos, certo? Isso acontece porque, ao longo do texto, você mudou de ideia quanto a esse argumento, escreveu uma palavra errada aqui e ali, separou o sujeito do verbo com vírgula e, por isso, teve que riscar algumas coisas.
É normal passar por isso na hora de redigir um texto, mas entregar uma redação com tantas rasuras pode fazer com que o corretor tenha dificuldades em lê-la, algo que nenhum candidato deseja, porque pode diminuir sua nota. Para evitar essa perda de pontos, antes de escrever seu texto definitivamente na folha pautada, faça um rascunho.
Você deve estar se perguntando: “mas a prova é composta por 90 questões sobre Linguagens e Matemática e a redação. Dá para fazer tudo isso e ainda um rascunho?” É verdade que tempo é um artigo precioso durante a prova, contudo, se você administrá-lo bem, dá tempo sim. Deixando uma hora para redigir sua dissertação e cerca de 3 minutos para cada questão, você conseguirá escrever seu rascunho com calma e ainda passá-lo a limpo.
Ainda não se convenceu? Pois saiba que fazer um esboço ajuda a desenvolver melhor suas ideias, dando a possibilidade de editá-las e melhorá-las.
A professora Andrea Lanzara, do Cursinho da Poli, em São Paulo, vai além. Ela julga essencial que o aluno faça um plano de texto, ou seja, um pré-rascunho, e justifica: “toda vez que você tem que
mostrar uma base argumentativa sobre uma tese é necessário que você planeje como você vai argumentar.”
Desta forma, antes de fazer seu rascunho, coloque na ponta do lápis tudo o que pensou sobre o tema e tente a partir disso criar uma a estrutura para o seu texto. Agrupe ideias semelhantes e organize-as para que seus parágrafos tenham uma sequência lógica e coerente. Para isso, você pode, por exemplo, fazer uma lista, separando introdução, parágrafo 1, parágrafo 2 e conclusão. Abaixo de cada um deles, anotar qual é a mensagem principal e algumas ideias que a apóiem. Pronto, seu esboço foi finalizado.
Depois de organizar seus pensamentos e decidir quais são seus argumentos, mãos à obra. Não se esqueça de que se trata de um texto dissertativo e, por isso, você deve seguir as normas esperadas para esse tipo composição, como não escrever em primeira pessoa do singular.
Sobre o Enem 2014
O Enem 2014 será realizado nos dias 8 e 9 de novembro e tem 8,7 milhões de candidatos inscritos. O exame é utilizado na seleção de todas as universidades federais, pré-requisito para o acesso a programas como Ciência sem Frontreiras, Prouni e Fies. Além disso, o Enem certifica a conclusão do ensino médio.
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